Augusto Semedo começou ontem a trabalhar no Beira-Mar. O substituto de José Alexandre Silva teve o primeiro contacto com a nova realidade na sua carreira apadrinhado por toda a estrutura directiva liderada por António Cruz. Entrou num clube que mudou de treinador por causa dos resultados, como os responsáveis admitiram, mas sem prometer nada mais que não seja trabalho, dedicação, cultura de exigência máxima para todos e valorização do clube.
O pressuposto de que a subida de divisão, por força de uma mudança técnica ao fim da primeira volta com o clube a sete pontos do líder, tinha sido um pedido dos dirigentes, não se confirmou. “Não me pediram a subida. Aquilo que é proposto é a realização de um trabalho de continuidade. Houve um trabalho bem feito, difícil especialmente no ano passado, e aquilo que pretendemos é dar continuidade, evoluir e tornar o clube competitivo”, referiu.
O novo treinador do Beira-Mar não quer ser visto como “o salvador” e fez questão de o sublinhar. “Não sou salvador nem me apresento como tal. Ninguém consegue fazer nada sozinho. Conquistar algo, diz-me a experiência, só com trabalho e humildade. É um desafio aliciante, que encaro com seriedade e a seriedade para mim é dar o máximo, pedir o mesmo à equipa, sempre num processo de evolução. Querer ser campeão a qualquer custo pode dar mau resultado”, afirmou.
