Foi uma tarde diferente para as crianças que estão hospitalizadas no Hospital Pediátrico de Coimbra. Durante a tarde, cerca de duas dezenas de jogadores do plantel da Académica, treinadores, acompanhados pelo presidente Paulo Almeida e pelo vice-presidente Pedro Roxo, puderam conviver, dar autógrafos, oferecer cadernos e “tshirts” e sobretudo fazer sorrir os jovens que não esconderam o agrado pela surpresa. Um incentivo extra para quem luta contra a doença e que pôde por algumas horas esquecer o sofrimento.
Nos últimos anos, por esta altura, tornou-se já um hábito a visita da comitiva academista até aquela unidade hospitalar e até os próprios jogadores ficam agradados por poder participar nesta iniciativa. «Acaba por ser uma tradição. Para nós é muito gratificante, não nos custa nada trazer o sorriso a estas crianças. É tão gratificante que até peca por pouco as vezes que aqui vimos. Nesta altura do ano as coisas proporcionam-se mais e têm um significado diferente. Estamos sempre disponíveis para isso», assumiu Marinho que reconheceu que este tipo de situações «marcam de uma forma especial» os jogadores, nomeadamente aqueles que têm filhos: «Há pouco tempo tive uma situação muito próxima. Amigos que passaram por uma fase complicada aqui neste mesmo hospital. Na verdade não sei o que estes pais acabam por conseguir suportar. Deve ser uma angústia muito grande ter os filhos aqui fechados. Apenas podemos contribuir um bocadinho com as nossas presenças». O “capitão” contou mesmo um episódio que viveu numa das visitas anteriores e que não mais esqueceu. «Na pior fase da minha carreira, quando me lesionei no joelho, tinha vindo aqui ao Pediátrico visitar um menino numa fase complicada para ele e para os pais. Tinha um problema na cabeça, felizmente foi operado e correu tudo bem e ele está bem. Dois, três dias depois de me lesionar ele apareceu à porta do estádio e com aquela simplicidade de criança disse “Vais ser operado? Não tenhas medo não custa nada”. Ele não se esqueceu de quando cá vim e eu não me esqueci do momento que me proporcionou», partilhou.
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