Uma onda de assaltos que tem assolado os concelhos de Aveiro e Ílhavo está a afectar em larga escala uma distribuidora de tabaco da região.
Henrique da Rocha Vieira, proprietário de uma empresa que detém mais de 700 máquinas de tabaco na zona de Aveiro e também presidente da Junta de Freguesia de S. Bernardo, estima um prejuízo que ascende a 100 mil euros, resultante não só dos furtos de maços de cigarros e do dinheiro dos equipamentos arrombados, mas também devido aos gastos com reparações.
“Desde o início deste ano já foram assaltadas 43 máquinas nossas e só 20 desses assaltos aconteceram nos últimos dois meses”, conta o lesado, adiantando que os mais recentes crimes ocorreram durante a madrugada de ontem – um na padaria Doce Pão, na Forca, em Aveiro, e outro na Mimos D’Ílhavo, na Rua Vasco da Gama, em Ílhavo.
Indignado, Henrique da Rocha Vieira associa a situação à falta de patrulhamento policial. “Queremos que as entidades responsáveis cumpram o dever delas, que é guardar o nosso património. Sentimo-nos impotentes porque nada está a ser feito. Sabemos que há falta de meios, mas com aqueles que têm podem fazer muito mais”, diz, garantindo que tem alertado as autoridades para a necessidade de aumento de vigilância nos períodos nocturnos.
O empresário admite que, caso esta onda de criminalidade não abrande, possa vir a ter de reduzir os postos de trabalho ou, num caso limite, fechar a empresa. “Assim não há negócio que resista. A empresa estava em crescimento, com um volume de facturação considerável, e este ano aumentei quatro postos de trabalho, mas desta forma corro o risco de ter de despedir pessoal”.
Leia a notícia completa na edição em papel.