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Vizinha que ajudou Pedro Dias foi constituída arguida


Quinta, 10 de Novembro de 2016
As autoridades admitem como possível que Pedro Dias estivesse há 15 dias na habitação, situada em Arouca, onde, na noite de anteontem, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ). A casa pertence a uma professora reformada, amiga da família do suspeito dos homicídios de Aguiar da Beira, que foi constituída arguida e interrogada. De acordo com a polícia, sobre a mulher, de 61 anos, “recaem fundadas suspeitas de favorecimento pessoal ao ora detido, em diferentes momentos subsequentes ao início de todo o iter criminis [percurso do crime] que lhe é imputado”. Em comunicado, a PJ refere ainda que Pedro Dias, de 44 anos, é “suspeito de cinco crimes de homicídio qualificado, três dos quais na forma tentada, dois crimes de sequestro, pelo menos dois crimes de roubo e um crime de furto, entre outros, pendentes de melhor e mais cuidada averiguação” ocorridos desde o dia 11 de Outubro de 2016 e o dia de anteontem, nas localidades de Aguiar da Beira, Arouca e Vila Real. A detenção, consumada na noite de terça-feira, “ocorreu na sequência de oportuna manifestação de vontade de entrega à PJ, realizada por intermédio da mandatária do ora detido, e concretizada em Arouca”, confirmou a PJ. “Ao longo de aproximadamente quatro semanas de investigação, em estreita colaboração operacional com a GNR, foi possível reconstruir parte substancial do itinerário de fuga empreendido pelo ora detido e recolher relevantes elementos indiciários relativos à vasta actividade delituosa que lhe é imputada”, indicou. Ontem, Pedro Dias encontrava-se “sereno” e “fisicamente bem”, mas do ponto de vista emocional estava “em baixo”, disseram os advogados Mónica Quintela e Rui Silva Leal, que o representam. Após ter sido detido, o suspeito foi transportado para as instalações da PJ da Guarda e depois conduzido ao Estabelecimento Prisional daquela cidade, onde permaneceria até ser presente a primeiro interrogatório judicial e aplicação de eventuais medidas de coacção, o que está previsto acontecer hoje, pelas 10 horas, no Tribunal da Guarda. “A decisão de se entregar era uma decisão, tanto quanto percebi, e mal fomos contactados para isso, que estava presente”, disse Mónica Quintela. A advogada explicou que “não o fez antes porque não houve condições para o fazer, porque lhe foi montada uma autêntica caça ao homem e havia um risco muito premente, muito efectivo, de ser baleado, de ser abatido. Por isso, a entrega teve de ser desta forma, rodeado de todas as cautelas, de forma que a detenção pudesse ser feita sem quaisquer problemas e sem que envolvesse qualquer risco”. Durante a estadia na PJ “foi muito bem tratado” com “toda a urbanidade, com toda a serenidade, com toda a tranquilidade”, referiu a causídica.
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