O Conselho Fiscal (CF) do Beira-Mar pretende uma demonstração financeira intercalar das contas do clube a 30 de Setembro, data de referência da perda de quórum da Direcção que geria o clube. A intenção é a salvaguarda dos órgãos sociais que estiveram em funções até essa data. Sem demonstração de contas, não é possível “emitir parecer sobre a regra de ouro [Artigo 27º dos Estatutos] que refere que no final do mandato da Direção, a situação líquida do Beira-Mar seja, se nada de anormal e extraordinário ocorrer, pelo menos igual à existente aquando da sua tomada de posse”, lê-se na missiva que Jorge Silva, presidente do CF do Beira-Mar, fez chegar ao Diário de Aveiro.
O CF deixou ainda a sugestão de que, em próxima Assembleia-Geral, os sócios votem a criação de uma comissão “que promova as alterações estatutárias que definam claramente os poderes da Direcção e da Comissão Administrativa” em matérias de investimentos estratégicos. A compatibilização de actos eleitorais com o encerramento de contas é outra recomendação. Recorde-se que, na Assembleia-Geral de sábado passada, os sócios do Beira-Mar, apesar de não terem podido apreciar e votar as contas do clube, aprovaram, por maioria, o orçamento e plano de actividades da época, no valor de cerca de 350 mil euros.
