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Marcelo defende perante a ONU novo secretário-geral na linha de Gandhi e Mandela


Quarta, 21 de Setembro de 2016
O Presidente português defendeu hoje perante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que o novo secretário-geral desta organização deve ser "um congregador de espíritos e de vontades", na linha de Gandhi e Mandela. Marcelo Rebelo de Sousa abordou este tema no final da sua intervenção na 71.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, sem nunca referir o nome do candidato apoiado oficialmente por Portugal, o antigo primeiro-ministro português António Guterres, ex-Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. "Estando em curso o processo de selecção do próximo secretário-geral das Nações Unidas, gostaria de exprimir os meus votos mais sinceros para que a pessoa que venha a ocupar este cargo tenha as qualidades humanas e profissionais à altura do desafio", disse. O chefe de Estado português acrescentou que deseja que o próximo secretário-geral da ONU "seja um congregador de espíritos e de vontades, que se guie pelo exemplo dos valores e da abordagem que Mahatma Gandhi e Nelson Mandela sempre aplicaram na vida: indo para além do seu grupo ou círculo, e assim unindo e representando todos e não uma parte". "Construindo pontes, sabendo ouvir, tendo a sabedoria e capacidade de liderança inatas que lhe permitam tomar decisões em que todos se revejam e se sintam incluídos", completou. Depois desta intervenção na 71.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, Marcelo Rebelo de Sousa discursou numa Cimeira de chefes de Estado sobre Refugiados, promovida pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, a quem agradeceu pela iniciativa. Neste segundo discurso, o Presidente da República voltou a defender a importância do acesso dos refugiados à educação e falou das medidas adoptadas por Portugal. "No quadro da resposta comum da União Europeia, o meu país, um pequeno país, aceitou acolher imediatamente 4.486 pessoas", salientou, referindo que centenas já chegaram. "Expressámos o desejo de acolher um número adicional de 5.800 pessoas, como sinal de solidariedade para com os nossos parceiros mais afectados pelo afluxo de migrantes", acrescentou.

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